Bibliografia

 

Descrito pelo duque de Nottetempo, seu contemporâneo, como «um brigão, um arruaceiro», o pintor Caravaggio passou uma curta temporada na Sicília em 1609, aguardando o indulto papal para um crime de sangue que cometera em Roma. Nesse período, pintou uma tela que ficaria conhecida por A Adoração e que esteve no Oratório de S. Lourenço, em Palermo, até ser roubada em 1969, ano em que nasceria Antonia Rei.
É essa mesma Antonia que, em 1992, testemunha um homicídio perpetrado pela máfia numa praça da cidade, onde é interrogada pelo comissário Salvatore Amato, que acaba por contactar alguns dias mais tarde. Mas não é curiosamente sobre o assassínio que lhe quer falar, antes sobre o roubo do famoso quadro. Oscilando entre épocas afastadas no tempo, entre a história fascinante da pintura d’A Adoração e a da investigação de Salvatore Amato num dos mais violentos períodos da acção da máfia, este romance recorre aos jogos de espelhos que Caravaggio usava nas suas pinturas para atrair ao mesmo vórtice de luz e trevas as vidas de um leque de personagens cativantes, mortas ou vivas, mas todas misteriosamente condenadas ao desencontro. 

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 O conto “A Mãe” foi escolhido para integrar a antologia de contos “O País Invisível” editada pelo Centro Mário Cláudio.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Profundamente original e inventivo, cruzando épocas e espaços muito distintos por onde desfila um leque de personagens notáveis, Os Olhos de Tirésias foi finalista do Prémio LeYa 2012.


Sinopse:

A descoberta de um retrato daquele avô cuja existência a família sempre encobriu – Mateus Mateus, o gigante de olhar estranho que partiu, no contingente português, para a Flandres durante a Primeira Guerra Mundial – é o pretexto que a sua neta encontra para, simultaneamente, escrever um romance e se afastar de um casamento que parece condenado ao fracasso. Querendo descobrir mais sobre o passado desse avô, parte, também ela, para a propriedade de La Peylouse, em Saint-Venant, que alojou o  Estado-maior português nos anos 1917-1918 e da qual Mateus Mateus, depois de ter servido na frente como maqueiro e coveiro, foi enviado numa missão de espionagem, acabando prisioneiro dos alemães. No bizarro hospital onde passa os meses que antecedem a batalha de La Lys (o mesmo onde virá a ser internado, sofrendo de cegueira histérica, um cabo alemão chamado Adolf), Mateus Mateus cruza-se com figuras inesquecíveis: Alvin Martin, um inglês albino dado a premonições; Hugo Metz, o médico que usa métodos de inspiração freudiana para interrogar os pacientes; o órfão Émile Lebecq, pequeno ladrão e ilusionista amador; e, sobretudo, Georgette Six, a bela enfermeira francesa que perdeu o noivo na guerra e pela qual o português se tornará, para sempre, um homem diferente.

E, porém, à medida que a neta de Mateus Mateus vai desfiando esta história num jogo em que a realidade se torna indestrinçável da ficção, também a sua vida é sacudida por uma paixão – e só o encontro com Cyril Eyck e o seu bisavô centenário trará a chave para os enigmas do próprio romance.

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 Vencedor da 2ª Edição – género conto – do Prémio Literário Cadernos do Campo Alegre «Novo Autor, Primeiro Livro» da Fundação Ciência e Desenvolvimento/Câmara Municipal do Porto:

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